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IV Simpósio Internacional de Medicina Fetal: congressistas e palestrantes destacam sucesso



O IV Simpósio e I Encontro Internacional de Medicina Fetal acaba proporcionar à medicina do Brasil um momento de exuberância científica e reconhecimento de valor. Realizado de 19 a 21 de maio, no Costão Santinho, em Florianópolis, Santa Catarina, mereceu aprovação unânime entre os congressistas, obtendo elogios protocolares dos professores considerados sumidades, tanto nacionais quanto internacionais.

Mesmo ainda sob certo receio – absolutamente justificável – em virtude da pandemia, cerca de 500 participantes acompanharam os debates presencialmente, entre audiência, palestrantes e expositores. A programação contemplou questões atuais e relevantes da Medicina Fetal, passando por novas técnicas para diagnóstico, procedimentos e intervenções, além de repassar os principais temas dessa área da ciência.

Entre os mestres da Medicina Fetal mundial, estavam, por exemplo, Ruben Quintero, diretor do The Fetal Institute, de Miami, EUA - reconhecido internacionalmente na área de terapia intervencionista fetal e no desenvolvimento de técnicas e equipamentos; Yves Ville, professor de Ginecologia-Obstetrícia na René Descartes Faculdade de Medicina da Universidade de Paris, França, diretor do Departamento médico-universitário de Doenças Congênitas e Anomalias do Desenvolvimento (Micado) do GHU Paris-Centre, Hospital Necker-Enfants Malades; e Kypros Nicolaides, professor e pesquisador no King's College, diretor do Harris Birthright Research Centre e fundador da Fetal Medicine Foundation, instituições de Londres, Inglaterra; todos eles são referência por suas descobertas e por viabilizar importantes avanços científicos na área.

Ruben Quintero, após sua exposição sobre “Transfusão feto-fetal: Diagnóstico, tratamento, resultados perinatais e a longo prazo”, fez questão de relatar a satisfação com o altíssimo nível científico e dos debates no Simpósio. “Parabenizo os médicos do Brasil pela fantástica organização do encontro. Fiquei impressionado com a forma que cada detalhe foi conduzido, desde a tecnologia até a interface com os congressistas, sem falar na maravilhosa hospitalidade!” pontuou ele.

Para Fábio Peralta, mestre e doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo, pós-doutorado em Medicina Fetal – Kings College Hospital, de Londres, Inglaterra, da Rede Gestar de Medicina Fetal, do Hospital Santa Maria, do CETRUS, além de coordenador do programa de cirurgia fetal do Hospital do Coração, esse tipo de reconhecimento serve como mais uma consagração da medicina fetal realizada em nosso país.

“Somos uma das mais importantes referências nesse campo da ciência. Temos, por exemplo, estudos na área de mielomeningocele que orientam as condutas de profissionais em distintas partes do mundo.

Conteúdo e tecnologia

Foram mais de 20 palestras e mesas de discussões ao longo dos três dias. Na pauta, as melhores práticas e evidências científicas, os processos de abordagem, prevenção e tratamento de questões como pré-eclâmpsia, restrição do crescimento fetal, prematuridade, gemelaridade, além dos mais eficazes e efetivos procedimentos/cirurgias.

A tecnologia, aliás, garantiu que Simpósio ocorresse de maneira híbrida, sem uma só intercorrência, possibilitando a presença pontual de grandes nomes que não puderam se deslocar para aulas in loco, caso de Kypros Nicolaides, que realizou sua aula sobre pré-eclâmpsia por videoconferência.

Presencialmente e valendo-se de recursos digitais, Jan Deprest, professor titular e diretor clínico do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de Leuven (Bélgica) e referência em pesquisa no campo do desenvolvimento em cirurgia fetal, e Luis Flávio Gonçalves, diretor de Imagem Fetal do Phoenix Children's Hospital, Arizona, EUA, e professor na Universidade do Arizona, Mayo Clinic e Creighton University, ministraram palestras concorridíssimas, propiciando troca de experiências e esclarecimentos essenciais para a audiência.

Altíssimo nível

A Medicina Fetal do Brasil foi destaque e mereceu elogios dos colegas internacionais.

Um dos painéis mais concorridos foi sobre disrafismo espinhal fetal – ou seja, de mielomeningocele. Teve à frente Fábio Peralta, mestre e doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo, pós-doutorado em Medicina Fetal – Kings College Hospital, de Londres, Inglaterra, da Rede Gestar de Medicina Fetal, do Hospital Santa Maria, do CETRUS, além de coordenador do programa de cirurgia fetal do Hospital do Coração.

Fábio Peralta, aliás, publicou recentemente paper de repercussão mundial que demonstra o impacto da idade gestacional no momento do reparo do disrafismo espinhal fetal. Os operados no início do intervalo gestacional de 19,7 a 26,9 semanas apresentaram maior probabilidade de caminhar com ou sem órtese. O dado impressiona: são 63,76% as estatísticas de sucesso.

O estudo engloba um grupo de 69 bebês submetidos à intervenção intraútero com avaliação neurológica formal após 2,5 anos de idade. Veja o paper na íntegra em https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34583428/.

Outra destaque do Simpósio foi Marina Zamith, doutora em ciências da saúde e mestre em ciências pela UNIFESP; especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria; título de especialização em Cardiologia Pediátrica e Ecocardiografia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, coordenadora do curso de ecocardiografia funcional da disciplina de neonatologia da Proex-UNIFESP e do complexo hospitalar Santa Joana - Pró Matre Paulista; cardiologista e ecocardiografia pediátrica e fetal do Hospital e Maternidade Santa Joana e Pró-Matre Paulista; e professora do Cetrus.

O IV Simpósio e I Encontro Internacional de Medicina Fetal teve como promotores Clínica Materno Fetal - Rede Gestar e o Cetrus.

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