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O solo como fonte nutricional


Valter Casarin

Em tempos de pandemia e da necessidade de melhorar nosso sistema imunológico, devemos entender que os alimentos saudáveis ​​têm uma origem. O local que dá origem aos alimentos é o solo, porém os alimentos saudáveis ​​e de alto rendimento não podem brotar em qualquer pedaço de terra.

Para muitos, a terra é considerada como “sujeira”, por ser o material que acidentalmente é transportado para dentro de casa em seus sapatos. Por outro lado, é o ecossistema de nutrientes e organismos vivos que existe sob nossos pés.

Um solo saudável e bem conservado é um componente essencial não apenas para o cultivo de fartas colheitas, mas também para proteger o meio ambiente e sustentar a agricultura para as gerações futuras.

Assim, cuidar da “saúde do solo” é uma ação de grande importância para a preservação da vida humana. Da mesma forma que o corpo humano, o “solo saudável” depende de muitos fatores. É nas camadas mais superficiais do solo que se encontra a parte mais fértil. Perder essa camada significa perder muitos nutrientes, e a consequência é reduzir a capacidade deste solo em produzir alimentos.

Os agricultores são os responsáveis em alimentar o mundo, sendo assim, qualquer prática que reduza o nível de produtividade do solo, afetará o seu sustento e suas receitas. Portanto, os agricultores estarão sempre preocupados em construir e proteger a "saúde do solo" para obter culturas saudáveis e de alto rendimento.

O fertilizante é o caminho mais seguro e barato para devolver ao solo os nutrientes que são perdidos pela erosão, pela exportação dos produtos colhidos, entre outros fatores de perda. É através da aplicação dos fertilizantes que os agricultores equilibram os nutrientes no solo com o objetivo de obter rendimentos de produtos agrícolas em quantidade e qualidade.

O momento é propício para dissipar alguns mitos sobre os fertilizantes. É tempo de reconhecer seu papel na alimentação do mundo e ver como eles podem ajudar a agricultura a enfrentar os desafios futuros. Uma dessas adversidades é o crescimento populacional nos próximos anos, no qual duas em cada três pessoas viverão em áreas urbanas. Esse aumento será acompanhado pela maior demanda por comida, com estimativa da necessidade de expandir a produção de alimentos em cerca de 60% nas próximas três décadas.

A previsão é que o crescimento da capacidade de produção tenha de vir dos países em desenvolvimento por meio de uma intensificação da agricultura, ou seja, um aumento do rendimento por unidade de área. À medida que a urbanização reduz a força de trabalho rural, a agricultura também precisará adotar novas formas de uso intensivo da terra. Esses cenários indicam melhor eficiência na utilização de todos os recursos naturais e destacam a necessidade de aumento, embora não proporcional, do uso de fertilizantes.

A Nutrientes Para Vida (NPV) é uma iniciativa que tem por missão informar a população sobre a importância dos nutrientes para as plantas e para os seres humanos. Sua atuação está baseada em informações científicas, de forma a explicar o papel essencial dos fertilizantes na segurança alimentar, tanto na quantidade como na qualidade do alimento produzido. O uso do fertilizante está alicerçado nos aspectos sociais, econômicos e ambientais.


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