A obra Reflexões éticas em Medicina Intensiva traz discussões relativas à área, como cuidados paliativos, dilemas da morte encefálica e o cuidado ao final da vida. Lançado em 13 de abril, o livro tem como um dos coordenadores o diretor Social da Associação Paulista de Medicina, Renato Azevedo Júnior, também conselheiro e ex-presidente do Cremesp.
Ao rememorar as transformações científicas e tecnológicas ocorridas no final dos anos 1960, Azevedo afirma que essas mudanças possibilitaram “a recuperação e a preservação de determinadas funções vitais em pacientes gravemente enfermos, uma verdadeira revolução na atenção ao doente grave.”
Em seguida, foram criadas as Unidades de Terapia Intensiva. “Na UTI, concentram-se os recursos materiais, disponibilizando-se pessoal altamente qualificado na prática de suporte avançado de vida. A luta pela vida mobilizou os profissionais de saúde por melhores resultados no enfrentamento das doenças graves que colocam o paciente em risco de morte.”
Em 2004, foi formada a Câmara Técnica de Medicina Intensiva do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo para emitir opiniões técnicas, questões éticas e bioéticas ocorridas na UTI. “O objetivo é buscar sempre o melhor para o paciente, dentro do que preconiza o Código de Ética Médica e os princípios fundamentais da Bioética – autonomia, não maleficência, beneficência e justiça”, ressalta o prefácio do livro.
Na obra, artigos de médicos e professores renomados abordam também os assuntos: ética em pesquisa, comunicação e compartilhamento de decisões, transfusão de sangue em pacientes com restrições religiosas, dilemas éticos em UTI e a Teoria dos Valores de Max Scheler, relação intensivista e médico assistente, conflitos entre a equipe multidisciplinar e limites da viabilidade fetal, além dos aspectos jurídicos envolvidos no ambiente da terapia intensiva.